quinta-feira, março 09, 2006

Curdie e a Princesa

A propósito das "Crónicas de Nárnia"(ver Arquivo) recordei um outro clássico da literatura infanto-juvenil - "Curdie e a Princesa", do escocês George MacDonald (1824-1905), publicado pela primeira vez em 1883. O livro em causa é a continuação de um outro, "A princesa e os duendes"(1872), e ambos povoaram com o seu fantástico os sonhos da minha infância. Mas, uma vez mais e à semelhança do que observei em Cecil S. Lewis, o final deste conto supostamente para crianças, contraria o habitual, pois não é de todo um final feliz. Aliás, ao longo de toda a narrativa, torna-se claro que a fantasia é apenas um outro cenário onde a condição humana, muitas vezes no seu pior, se revela.

Segundo tive a oportunidade de ler, George MacDonald influenciou com os seus textos a "nova" geração de escritores britânicos que hoje, através do cinema, vão chegando até nós e cujas obras têm passado despercebidas à larga maioria da nossa juventude. Refiro-me a Tolkien, a C.S.Lewis e a Lewis Carroll (recordemos "Alice e o outro lado do espelho"), entre outros.
Para os apreciadores deste género literário, aqui fica um resumo para abrir o apetite:
Algures, entre as montanhas, num imenso e labiríntico palácio, vive solitária a pequena princesa Irene. Debaixo do chão, em grutas e ocos espaços subterrâneos, os duendes planeiam o seu regresso à superfície e o rapto da princesa.
Um jovem mineiro, Curdie e uma estranha tetaravó que vive no sotão do palácio, vão contrariar os planos dos duendes, mas não sem dificuldade...