Um sonho
Esta noite tive um sonho que, ao acordar, ainda estava fresco na minha memória.
Não sou Freud e todas essas teorias de interpretação dos sonhos nada me dizem, mas este deu-me que pensar:
"Numa verde pradaria a perder de vista, com a erva alta a ondular sem aragem que a movesse, andava eu a saltitar vestida de branco e ainda por cima com um grande chapéu de abas largas que agarrava para me não sair da cabeça. Havia solidão, mas uma calma imensa. Em imagens cinzentas, sobrepostas, confusas, vinham ruas de cidades estranhas, desconhecidas, e muitos rostos de muita gente que ria, falava sem que nenhum som eu ouvisse, com os rostos misturados e frenéticos bem por cima de mim... e eu a saltitar, a saltitar. Veio a beira de uma falésia e um "carocha" volkswagen amarelo no qual entrei e que se despenhou vertiginosamente, comigo lá dentro, em direcção a um mar azul escuro e manso. Não senti medo, nem vertigem...estava felicíssima!"
Acordei,virei-me para o lado em que jazia roncante o colega de cama e disse-lhe: "Bolas, tive outra vez o mesmo sonho!" Coçadelas exasperadas, desassossego, uma ida à casa-de-banho...que caloraça...deixa-me dormir!
Gostaria de saber como exprimir os sonhos numa tela como o fez Dali. Mais, gostaria de perceber sonhos recorrentes e, sobretudo, matá-los à nascença porque por uma razão qualquer me deixam impressionada o dia todo.
Quando era miúda considerava o sonho como uma espécie de cinema interior. Alguns eram manobráveis - mantendo-me na sonolência, fixava o pensamento na cauda do sonho e retomava o fio à meada. Hoje já não tenho tempo para isso, nem vontade, embora ainda o seja capaz de fazer.
Não sou Freud e todas essas teorias de interpretação dos sonhos nada me dizem, mas este deu-me que pensar:
"Numa verde pradaria a perder de vista, com a erva alta a ondular sem aragem que a movesse, andava eu a saltitar vestida de branco e ainda por cima com um grande chapéu de abas largas que agarrava para me não sair da cabeça. Havia solidão, mas uma calma imensa. Em imagens cinzentas, sobrepostas, confusas, vinham ruas de cidades estranhas, desconhecidas, e muitos rostos de muita gente que ria, falava sem que nenhum som eu ouvisse, com os rostos misturados e frenéticos bem por cima de mim... e eu a saltitar, a saltitar. Veio a beira de uma falésia e um "carocha" volkswagen amarelo no qual entrei e que se despenhou vertiginosamente, comigo lá dentro, em direcção a um mar azul escuro e manso. Não senti medo, nem vertigem...estava felicíssima!"
Acordei,virei-me para o lado em que jazia roncante o colega de cama e disse-lhe: "Bolas, tive outra vez o mesmo sonho!" Coçadelas exasperadas, desassossego, uma ida à casa-de-banho...que caloraça...deixa-me dormir!
Gostaria de saber como exprimir os sonhos numa tela como o fez Dali. Mais, gostaria de perceber sonhos recorrentes e, sobretudo, matá-los à nascença porque por uma razão qualquer me deixam impressionada o dia todo.
Quando era miúda considerava o sonho como uma espécie de cinema interior. Alguns eram manobráveis - mantendo-me na sonolência, fixava o pensamento na cauda do sonho e retomava o fio à meada. Hoje já não tenho tempo para isso, nem vontade, embora ainda o seja capaz de fazer.
Equestrian Portrait of Carmen Bordiu-Franco, 1974
posted by Maeve @ 14:26
5 comments
5 Comments:
Também não sou Freud mas se fosse um cavalo a sua simbologia é de levar para o Outro Mundo
(e a imagem, pintura?, é linda!!!!!!!)
Vim só agradecer a visita e aproveitei para conhecer mais um espaço por onde nunca tinha andado. Gosteie e espero voltar mais vezes. Por isso, se não te importas vou colocar um link no meu blog.
Mais uma vez obrigada
Pois... sonhar só mesmo a dormir e... e...
Obrigada pela passagem lá no Place :)
Quando era garoto tive um sonho esquisito que ainda hoje o recordo.
Estava a nadar e de repente deixei-me afundar. O sonho era tão real que o meu corpo entrou numa tal letargia que pensei que ia morrer afogado. Estava quase a dar o "último" suspiro quando de repente acordei. Ainda bem! :))
Sempre que tenho um sonho que não "goste" viro-me para o outro lado e o sonho fica no lado contrário. É remédio "santo".
Tudo de bom e BFS.
Hahahaha..Ainda não experimentei essa do lado contrário! :P
Maeve há 'pesadelos' que só nos incomodam quando transportados para a realidade (o nosso sub-consciente já os trata por 'tu')e outros que o são mesmo durante o sono.
Penso que no 1º caso, se trata de situações crónicas que nos acompanham ao longo da vida (medos ou receios mal rsolvidos) e no 2ºcaso é a exteriorização de um episódio concreto que nos tenha marcado por algum motivo.
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