quarta-feira, agosto 02, 2006

Entretantos...a guerra

Numa qualquer parte do mundo ela acontece. Numa certa parte do mundo ela é quase permanente e visível. Quem não sabe é como quem não vê e o faz de conta não é pra mim uma forma de estar. Mesmo de férias - as tais férias ocidentais, embora muito pouco burguesas - fui deitando o olho às notícias e, sem querer ser pessimista, concluí que depois do Líbano virá a Síria e o Irão que se ponha pau, com ou sem armas nucleares (o Iraque tinha armas biológicas, pois tinha!). A hegemonia americana no Médio Oriente é um facto que a pouco e pouco se desenha, com o devido apoio de alguns Estados como a Arábia Saudita ou a tal de Israel expansionista, tão esquecida do Holocausto e tão à vontade em termos de "fugas" ao direito internacional. Em certa medida e embora não aceitando, compreendo o dito Terrorismo...mas o gigante continua imperturbável.

A inauguração do mais estratégico oleoduto do mundo tem muito que se lhe diga neste novo conflito no Médio Oriente. O que faremos? Nada. O que podemos fazer? Muito pouco. Não é realmente ao povo que cabe as decisões. Hoje, como antes, quer por razões geo-estratégicas, quer por acesso a recursos susceptíveis de promover a acumulação de riqueza, as guerras justificam-se pelos interesses de uma minoria.