segunda-feira, outubro 09, 2006

Tic-Tac


Os relógios nem sempre me incomodaram. Houve um tempo, perdido no tempo da infância, em que até lhes achava graça, aos relógios. Na sala onde vivi havia um de parede, dos antigos, dos que "batiam" as horas, dos de madeira trabalhada e pêndulo num tic-tac permanente. Gostava de lhe dar corda até ao limite. Gostava de lhe parar o pêndulo...
No dia em que tomei consciência do passar do tempo, de que era impossível parar o avanço dos minutos, das horas, mesmo imobilizando com os dedos os ponteiros...ganhei aversão aos relógios! Infelizmente não posso viver sem eles, pois sou obrigada à pontualidade, pois sou obrigada a gerir aquelas tais 24 horas que cada dia me oferece de forma a que dentro delas tudo caiba, mesmo o que é impossível de caber. Tudo em mim se rege agora por horários, despertadores, minutos que faltam e nunca sobram...Também é assim convosco?! Deve ser. Também vos falta tempo para ter tempo? Suspeito que sim. Mas, por amor de "Deus" ou de outra coisa qualquer, não me venham mostrar o vosso Swatch da nova colecção, nem me rodem à frente do nariz um Rolex porque é Rolex. Podem não fazer Tic-Tac, mas o tempo passa na mesma.

2 Comments:

At segunda-feira, 30 outubro, 2006, Blogger Ahlka said...

Estou pior que tu, obedeço a 2 relógios, o do tic-tac e o biológico.
Hoje o biológico foi enganado pelo do tic-tac...E cá estou eu, de madrugada, na net porque alguém se lembrou de mudar a hora do tic-tac.
Nem sempre nos falta tempo, está é mal distribuido. Sei que esta hora que estou agora a 'queimar' me dava um jeitão mais logo...
Gostei de rever-te por aqui :)*

 
At quarta-feira, 01 novembro, 2006, Blogger Teresa Durães said...

só preciso de saber as horas de apanhar o barco e de saber se fiz as horas todas que me mandam. O resto, o coro gere. Não ando de relógio.

bom feriado para ti, desaparecida em combate (contra o ME)

 

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