segunda-feira, julho 23, 2007

Um ano que finda

Terminou o ano lectivo, terminou o trabalho escolar. Contudo, não é com aquela alegria e muito menos sensação de alívio, própria dos que entram em férias, que encaro esta pausa. Vejo-a, sobretudo, como mais um regresso à base, ao tronco desta árvore que é a minha vida e onde cada ramo representa um caminho diferente. Durante o ano que finda dediquei-me exclusivamente ao ensino e sem pensar muito no depois, para não perder o necessário ânimo que a profissão exige. Mas, agora é preciso enfrentar a realidade e essa diz-me que tenho de regressar à base e recomeçar no ponto em que fiquei, no tronco, escolher um ramo ou criar um novo. A incerteza do que o futuro me reserva pesa. A perspectiva do "déjà vu" assusta.
Sou feita de um barro que se converte em granito, contra todas as leis da química, da física e da geologia. Assusto-me por pouco tempo e afugento a incerteza com sopros de Boreas, pois por entre os ramos da árvore da minha vida despontam flores, nascem frutos.

Gustave Klimt, 1905

1 Comments:

At terça-feira, 07 agosto, 2007, Blogger Ahlka said...

Linda imagem de vida...O sol vai ajudar-te a ponderar e reflectir.
Boas férias :)

 

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