segunda-feira, agosto 14, 2006
O valor das pequenas coisas

Foi um instante, aquele, em que abraçaste o vento e disseste que o mar era só teu: "Olha...olha! Estou a voar!"
Por vezes esqueço-me que as "pequenas" coisas têm muito mais valor do que aquelas que julgamos grandes. O quotidiano estúpido não dos dá tempo e o ego insatisfeito, cego, perdido em ninharias, desvaloriza o que de melhor pode ter a vida.
quarta-feira, agosto 09, 2006
Avião militar israelita nas Lajes
terça-feira, agosto 08, 2006
O sentido da vida
Narciso
Narra o mito que o belo Narciso se consumiu na adoração da sua própria imagem, acabando por morrer. Definiu-se, assim, desde a Antiguidade Clássica e em linhas muito simples, um tipo de personalidade centrada no ego e desfazada de toda e qualquer empatia pelo semelhante. Mas o "narciso" não se basta a si mesmo ao contrário do que possamos pensar, pois precisa de espelhos que reflictam a imagem que tem de si mesmo e que não tem de ser necessariamente física. Aceita, pois, o outro e apenas na condição de que este cumpra a função de reflexo.domingo, agosto 06, 2006
Rapariga Com Brinco de Pérola

Decididamente este é o mês das minhas revisões cinéfilas. Noite dentro, com a calma a que o calor sempre me obriga, lá vou eu à estante e faço uma escolha. Desta vez optei pela "Rapariga com brinco de pérola", de Peter Webber (2003), um belíssimo filme baseado no romance de Tracy Chevalier sobre o famoso quadro do pintor holandês Johannes Vermeer(1632-75).sexta-feira, agosto 04, 2006
O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante
De tempos a tempos gosto de rever este filme de Peter Greenaway e faço-o com o mesmo espírito de quem olha para uma daquelas pinturas intemporais, cujas pinceladas surpreendem sempre apesar de já as termos visto milhentas vezes. O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante(1989) não vale tanto pela trama que se fosse noutros cenários, passaria por uma história banal rematada com um final algo chocante.
Aliás, o realizador disse-o claramente: "Se você quiser contar histórias, seja um escritor e não um cineasta". O que torna este filme tão arrebatador são as suas metáforas visuais, feitas de sequências de "quadros", cores simbólicas, movimento e sonoridades estranhas. É que Greenaway, antes de passar para o cinema, dedicou-se a tempo inteiro à pintura, "A única arte que me ensinou algo...". Vale a pena, para desintoxicar os olhos e o espírito de blockbusters.
quinta-feira, agosto 03, 2006
Apocalypto
Está prevista para Dezembro a estreia de mais um filme com a assinatura de Mel Gibson. De um Cristo ao estilo gore, espirrando sangue ao som do latim e do aramaico (o que sabe sempre bem, até porque gostar de História e de ver acidentes no IC19 não é incompatível), saltamos para uma civilização Maia em decadência e com muito mais massacres. Confesso-me desejosa de lhe pôr a vista em cima e não apenas por gostar de emoções fortes, daquelas que as rápidas sequências de imagem, efeitos especiais e som surround nos proporcionam, mas mais pela oportunidade de ouvir uma língua morta e desta feita a Maia (promessas, promessas!). Seja como fôr, se tiver "gafes" históricas vou-me enervar e ficar à beira da "travadinha" como aconteceu quando vi "O Gladiador" (que não é do Gibson, eu sei). Bom, a ver vamos! Aqui fica o resumo virtual e o endereço do site, que as produtoras não brincam em serviço. quarta-feira, agosto 02, 2006
Entretantos...a guerra
A inauguração do mais estratégico oleoduto do mundo tem muito que se lhe diga neste novo conflito no Médio Oriente. O que faremos? Nada. O que podemos fazer? Muito pouco. Não é realmente ao povo que cabe as decisões. Hoje, como antes, quer por razões geo-estratégicas, quer por acesso a recursos susceptíveis de promover a acumulação de riqueza, as guerras justificam-se pelos interesses de uma minoria.

Entretantos
Este ano fui até ao litoral alentejano, o que já vai sendo uma tradição. Com poiso certo em Vila Nova de Milfontes, dei-me a um luxo de mar azul, escarpas e dunas virgens. Os anos passam e poucas alterações vamos notando, felizmente. Nada de aparthotéis medonhos, nem de menus riscados em inglês à porta dos restaurantes...só casario branco, alinhadinho, com o seu debruado azul ou amarelo. A "minha praia" estava como eu a esperava - manhã cedo, maré vazia, paisagem quase lunar e desprovida de gentes. Ali respirei fundo e ouvi o silêncio que, mais tarde, colmatei com o estalar do peixe grelhado na brasa. Uma certa manhã apanhei tanto mexilhão com a minha filha mais nova, que ao cair da tarde houve banquete, devidamente apurado pelo "maitre" da família com tomate e pimentos...enfim, nada de Internet, nada de hipnotismos televisivos, nada de estufados ou "comida de plástico". Leituras? Entretenimentos? Claro! Palavras Cruzadas e revistas estrangeiras, porque já nem na Visão consigo pegar de tão corriqueira!
Faltam as imagens, eu sei! Tirei-as aos montes e devidamente estudadas, mas só na próxima sexta-feira as terei prontas. Só ontem a cara-metade, num repente, se lembrou: "Vamos comprar esta máquina digital?". Agora é que vai ser! As férias ainda não acabaram, ora pois! Estou nos entretantos.



